sexta-feira, março 29, 2024

Em novembro, vendas de caminhões superam expectativas

No último mês do ano, a Anfavea divulgou dados sobre as vendas de veículos no Brasil, o que inclui veículos de carga e também ônibus. A partir do segundo semestre deste ano, os números de vendas de caminhões só subiram, ao contrário das vendas para o setor agrícola que vêem caindo a cada mês. No meio disso, mesmo que pequenos, prevalecem os dados positivos sobre o setor. “Vamos errar nas previsões de licenciamentos e exportações. Eles devem ficar acima do que esperávamos”, comenta Antonio Megale, presidente da Anfavea.

 

Caminhões

vendas de caminhões 

Os caminhões tiveram crescimento nas vendas de 44% em relação ao mesmo mês de 2016 e esse é o melhor resultado do segmento desde dezembro de 2015. As vendas de caminhões felizmente tem crescido acima da projeção. No acumulado, houve queda de apenas 0,5%. O destaque vai para os caminhões pesados, que tiveram crescimento no licenciamento de 80,8% em relação à novembro do ano passado. Ao todo, incluindo veículos leves, as vendas ultrapassaram a marca de 204 mil máquinas durante o último mês. Segundo a Anfavea, novembro foi o melhor mês para vendas de caminhões durante o ano de 2017.

A produção de caminhões, que contabilizou 8.180 veículos, teve um aumento de 52,6% em relação ao mesmo período de 2016. Essa produção não inclui os veículos negociados durante a Fenatran e sim a produção que antecedeu a feira, o que nos faz acreditar que o próximo mês refletirá os bons frutos do evento no segmento de transportes. 

2017 terminará quebrando recordes nas exportações de caminhões. Este tem sido o ano com maior número de exportações desde 2007, tendo sido julho o ano com resultados mais positivos. No acumulado, o crescimento foi de 36,8%. Os principais países para os quais o Brasil exporta são, respectivamente: Argentina, Chile, Peru e Rússia.

 

Ônibus

vendas de caminhões

Ao contrário de outros veículos, o crescimento de vendas de ônibus vai encerrar o ano com operações abaixo das projeções. Ainda sim, o saldo de vendas em novembro é positivo: 78% de aumento em relação ao ano passado e um singelo crescimento de 0,4% no acumulado.

 

Máquinas agrícolas

No setor agrícola (assim como em todos os outros), quem ganhou destaque foi a exportação de veículos e máquinas. Em novembro, houve crescimento de 96,1% na exportação de máquinas e 49% no acumulado. Ao que tudo indica, agora é o momento ideal para exportação, não somente de veículos, o que causa aumento na competitividade no setor.

Porém, a partir deste semestre as vendas sofreram quedas progressivas até chegarem ao número atual de -14,9% em relação ao mesmo período de 2016. A produção teve queda de 28,4%, com aumento de 8,1% no acumulado.

Um problema comentado pelo presidente da Anfavea é a falta de tecnologia e infraestrutura para a agricultura no Brasil, que tem grande potencial para crescer cada vez mais. Segundo Megale, provavelmente os veículos autônomos chegarão primeiro ao meio rural e essas máquinas necessitam de infraestrutura e conectividade para serem implantadas. Por isso, mais do que nunca, o setor brasileiro de agricultura precisa de investimentos para se desenvolver e fazer com que o setor alcance seu potencial.

 

Outros dados

Ainda de acordo com a Anfavea, o estoque de veículos durante 2017 manteve-se estável. Sobre geração de empregos, também espera-se que se mantenha estável, com 35 mil pessoas de volta às fábricas do setor de veículos. Sobre aqueles que estão em lay-off, a projeção é que todos sejam dispensados até o meio do ano que vem. Até o momento, a associação contabiliza 1.014 funcionários nessa situação. Nos financiamentos, a tendência é que não haja crescimento expressivo, já que a confiança dos compradores ainda não se estabeleceu e compras a prazo tem sido evitadas.

Espera-se que s vendas de veículos se mantenham estáveis em dezembro, fechando o ano com um aumento de 9% para leves e pesados. Sobre 2018, Megale enfatizou que o futuro é incerto, com assuntos importantes que estarão em pauta no ano que vem como a reforma da Previdência e o Rota 2030, programa de desenvolvimento do setor automotivo. Ainda sim, as expectativas são positivas e espera-se um crescimento do setor automotivo maior que o deste ano. “Achamos que o crescimento de licenciamentos será maior que o deste ano, passando dos dois dígitos”, conclui o presidente da Anfavea.

 

Por Pietra Alcântara

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