quinta-feira, abril 25, 2024

Tribunal alemão decide se vai proibir a circulação de veículos a diesel no país

Um tribunal federal vai decidir nesta quinta-feira, 22, se as cidades alemãs podem proibir a circulação de veículos a diesel e outros muito poluentes. A decisão deverá afetar sobretudo os lucros dos fabricantes de motores diesel, os principais emissores de dióxido de azoto, substância que já levou a ameaças de sanções por parte da União Europeia e que é considerada responsável por doenças respiratórias.

A organização ambiental Deutsche Umwelthilfe (DUH) processou as cidades de Estugarda (coração da indústria automóvel) e Dusseldorf devido aos altos níveis de emissões poluentes, que não cumprem as normas em vigor na União Europeia.

Existem cerca de 15 milhões de veículos a diesel na Alemanha e de acordo com as associações ambientais, citadas pela Reuters, os níveis de partículas excedem os limites impostos pela UE em pelo menos 90 cidades.

Os tribunais locais decidiram que estas cidades proibissem os carros a diesel que não estivessem em conformidade com as normas mais recentes nos dias de maior poluição. Os fabricantes de automóveis locais contestam a decisão, já que uma proibição definitiva poderá desencadear uma queda nos preços dos veículos em segunda mão e um aumento no custo dos contratos de locação.

Os estados alemães em causa, onde os fabricantes de automóveis e os seus fornecedores têm uma forte influência, apelaram contra essas decisões, deixando o tribunal administrativo federal da Alemanha – o tribunal de última instância para estes assuntos – decidir se essas proibições podem ser legalmente impostas a nível local.

 

Proibições em outros países

Paris, Madrid, Cidade do México e Atenas também já anunciaram que pretendem proibir os veículos a diesel nos centros da cidade até 2025. Em Copenhaga, na Dinamarca, o presidente da câmara também já alertou que quer proibir novos carros a diesel de entrarem na cidade a partir do próximo ano.

França e Reino Unido vão proibir novos carros a gasolina e a diesel até 2040, apostando nos veículos elétricos.

E você, acha a medida radical demais? 

 

Por Pietra Alcântara com informações do Jornal do Comércio.

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