Caminhoneiros são acusados de matar família em acidente durante ‘racha’

Quatro caminhoneiros foram acusados de participar de um racha e provocar acidente que resultou na morte de três crianças e dos pais no dia 2 de julho, em uma rodovia no Paraná. O tipo de acidente que matou a família de 5 pessoas foi uma colisão frontal – que de acordo com a PRF é o tipo mais fatal de acidente de trânsito.

Os motoristas foram soltos no final da tarde da segunda-feira, 16, por ordem da Justiça. Wagner Aparecido Costa, 30, Emerson Augusto da Silva, 38, Nilson Ribeiro, 37, e Rodrigo Roman, 29, estavam presos na cadeia pública de Mamborê, a 85 km de Curitiba, desde o dia seguinte ao acidente.

Apesar de serem liberados, os quatro suspeitos tiveram de colocar tornozeleira eletrônica, determinação expressa no alvará de soltura. Os caminhoneiros foram denunciados pelo Ministério Público por homicídio, previsto no artigo 121 do Código Penal.

Na semana passada, a Polícia Civil havia concluído o inquérito e indiciado os quatro homens e mais um caminhoneiro por homicídio doloso. O quinto caminhoneiro não foi preso porque escapou do flagrante.

 

Disputa de ‘racha’

Os caminhoneiros soltos nesta segunda-feira se conheciam antes da tragédia. Eles moram em cidades da região de Foz do Iguaçu e atuam no transporte de produtos. Em depoimento à polícia após o acidente, os presos negaram a prática do “racha” na rodovia. No dia da prisão, os caminhoneiros passaram pelo teste do etilômetro e não foi constatado ingestão de álcool acima dos limites.

A colisão ocorreu na BR 369 na noite de 3 de julho. O caminhão conduzido por Wagner Aparecido Costa atingiu frontalmente um carro modelo Escort, ao trafegar na pista contrária. Os ocupantes do veículo – o casal José Reinaldo da Rocha, 34, e Alessandra da Rocha, 31, e as crianças Mariana da Cruz, 11, Luan Gabriel da Cruz, 9, e Maria Vitória da Cruz, 4 -, morreram no local.

Testemunhas que presenciaram o acidente afirmaram em depoimento que os caminhoneiros estariam disputando um “racha” na rodovia. No momento da colisão, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal, Aparecido Costa tentava uma ultrapassagem proibida, quando invadiu a terceira faixa e bateu de frente com o carro, que ficou destruído.

O caminhão arrastou o carro por 100 metros e passou por cima do veículo. Segundo o delegado Marcelo Trevisan, titular da delegacia de Mamborê, registros dos tacógrafos revelaram que as velocidades dos caminhões, no momento do acidente, estavam entre 90 a 105 km por hora.

Veja também: O que fazer ao presenciar um acidente na estrada?

 

Adaptado de UOL

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