quinta-feira, abril 18, 2024

Eleições 2018 – veja os planos de cada candidato para o transporte

O primeiro turno das eleições 2018 está se aproximando. Você já decidiu em quem votar? Tem um candidato preferido? Seja qual for a sua resposta, nunca é demais obter informações sobre os candidatos à presidência, principalmente no que diz respeito ao setor de transportes, caso você seja motorista estradeiro.

Será que os governantes dão pouca importância para os problemas dos estradeiros por saberem que muitos acabam não votando por estarem viajando nos dias das eleições? Clique aqui e assista a reportagem.

A greve dos caminhoneiros de maio trouxe a atenção nacional para os estradeiros e mostrou como o transporte rodoviário de cargas é importante para o país. Mas o que será que os candidatos pensam sobre o segmento? Será que as propostas de governo estão de acordo com os interesses dos caminhoneiros?

 

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Para responder à essas perguntas, separamos o que cada candidato fala sobre questões que impactam o setor em suas propostas de governo. Continue lendo e entenda os planos de cada um para o transporte brasileiro:

 

Álvaro Dias – Partido Podemos

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Com foco nos temas Sociedade, Economia e Instituições, seu programa de governo não possui citações específicas em relação ao transporte rodoviário de cargas. Ainda assim, o candidato inclui transporte e logística, além de energia elétrica, saneamento, mobilidade e outros entre os setores que terão destaque no investimento em infraestrutura.

Sobre privatizações, o candidato diz ser favorável, porém é contra a venda da Petrobras e diz cogitar a venda das subsidiárias da empresa.

Sobre a Reforma Trabalhista, Álvaro Dias diz ser favorável à flexibilização das relações entre patrões e empregados, mesmo tendo votado contra o projeto de governo em 2017. O candidato também é a favor da Reforma da Previdência, mas acha que antes da reforma o governo precisará promover a transparência sobre o déficit e os custos do sistema.

Veja o plano de governo de Álvaro Dias na íntegra, clique aqui.

 

Cabo Daciolo – Partido Patriota

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O candidato do Partido Patriota possui um item em seu programa de governo destinado exclusivamente à infraestrutura dos transportes no país. No item, ele promete pavimentar 100% das rodovias federais, ampliar hidrovias e ferrovias.

Cabo Daciolo não acredita que a Previdência precise de emenda, sendo contrário à reforma. Ele propõe a cobrança de empresas que devem para o sistema de aposentadorias. Daciolo também é contra a Reforma Trabalhista.

Veja o programa de governo de Daciolo na íntegra, clique aqui.

 

Ciro Gomes – PDT

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O transporte de cargas está incluído no pacote de investimentos prometidos no programa de governo do candidato. Ele ainda pretende investir R$ 300 bilhões por ano em infraestrutura, através de investimento público ou pelo setor privado.

Promete também um plebiscito para revogar a Reforma Trabalhista e acredita que a Reforma da Presidência aumenta a cobrança sobre os mais pobres sem resolver o problema.

Para ele, um novo modelo de aposentadorias baseado em capitalização é a solução. Sua proposta é o de contas individuais: o mesmo valor pago na ativa, somado aos rendimentos financeiros, é o que sustentaria a aposentadoria.

Para conferir o plano de governo de Ciro Gomes na íntegra, clique aqui.

 

Fernando Haddad – PT

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Sobre transportes, Haddad cita em seu programa de governo a recuperação, modernização e expansão da infraestrutura, pretendendo racionalizar a matriz, ou seja, fazer com que o transporte de cargas não dependa majoritariamente do modal rodoviário para funcionar.

Ele também cita fortalecer instituições federais, como o DNIT,  para retomar as funções de planejamento e de regulação de rodovias. Em relação a preço do combustível, o candidato do PT não promete nada em seu programa de governo, mas enfatiza sua posição contra a privatização da Petrobras.

Sobre a Reforma Trabalhista, ele promete revogá-la e substituí-la pelo “Estatuto do Trabalho”, uma norma que vai dar mais poder aos sindicatos para organizar modelos de formação dos trabalhadores como estratégia para aumentar a produtividade. Haddad é contra a Reforma da Previdência.

Veja o plano de governo de Haddad na íntegra – clique aqui.

 

Geraldo Alckmin – PSDB

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Alckmin também não possui em seu programa de governo tópicos específicos sobre transporte rodoviário de cargas e o preço do combustível. Porém, no documento, o canditado fala sobre promover o desenvolvimento da indústria 4.0 em áreas que, segundo o partido, já colocam o país em posição líder, como a agroindústria.

Geraldo exclui a Petrobras das privatizações previstas para seu governo e é a favor da Reforma Trabalhista proposta por Temer. Já sobre a Reforma da Previdência, o candidato afirma que o caminho é o fim dos privilégios do setor público, com a adoção de um sistema igual para todos os setores baseado em um teto geral e em regime de capitalização.

Veja o programa de governo de Alckmin na íntegra, clique aqui.

 

Guilherme Boulos – Psol

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Sobre transporte de cargas, Boulos quer construir mais transporte sobre trilhos. Ele também cita em seu programa de governo um planejamento nacional e de longo prazo para incentivar as empresas a criarem fábricas para trens e trilhos dentro do Brasil.

Ele quer reestatizar a Petrobras, sendo contra sua privatização e também pretende reverter o aumento do preço da gasolina e do gás de cozinha. Boulos cita também em suas propostas a influencia do valor do dólar nos preços dos combustíveis e promete diminuí-la, fazendo com que o governo controle os preços dos combustíveis

É contra as reformas Trabalhista e da Previdência. Defende a corte de privilégios do funcionalismo e a cobrança de dívidas de grandes empresas com o INSS.

Para conferir na íntegra o plano de governo de Guilherme Boulos, clique aqui.

 

Henrique Meirelles – MDB

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O plano de governo de Meirelles cita melhorias na infraestrutura do país, assim como outros. Entre suas propostas, ele promete terminar as obras públicas paralisadas e priorizar a retomada das obras que mais trazem benefícios à sociedade.

Ele também quer simplificar o processo de concessões, possibilitando uma desconcentração dos investimentos, tanto em termos regionais como de tamanho.

Para Meirelles, a Reforma da Previdência é inevitável. Para ele, os afetados pela reforma são os que ganham mais e se aposentam mais cedo. Ele também é favorável à Reforma Trabalhista.

Para ver o plano de governo de Meirelles na íntegra, clique aqui.

 

Jair Bolsonaro – PSL

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O candidato do PSL aborda questões em relação ao preço dos combustíveis praticados pela Petrobras, dizendo que os valores devem seguir o mercado internacional até certo ponto. Ele afirma que as flutuações de curto prazo deverão ser suavizadas com mecanismos de “hedge” apropriados.

O programa de governo do PSL não fala diretamente sobre transporte rodoviário de cargas. 

Sobre a Reforma da Previdência, Bolsonaro afirma que ela é “grande demais”. Ele ainda acrescenta que estuda a questão e cogita propor mudanças graduais nas aposentadorias. Sobre a Reforma Trabalhista, o candidato é favorável.

Para ver o plano de governo de Bolsonaro na íntegra, clique aqui.

 

João Amoêdo – Partido NOVO

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Amoêdo não fala diretamente de questões como transporte e preço do combustível em seu programa de governo. Sobre a Reforma Trabalhista do governo Temer, ele se posiciona a favor, mas acha que ela pode ser “melhorada”.

João Amoêdo defende a privatização da Petrobras, Banco do Brasil, Caixa. Para ele, qualquer serviço público pode passar à iniciativa privada. Ele também é a favor da Reforma da Previdência, considerando o atual sistema inviável. Amoêdo acredita que não basta somente ajustar os benefícios e privilégios concedidos aos servidores públicos e militares.

Confira na íntegra o plano de governo de Amoêdo, clique aqui.

 

João Goulart Filho – PPL

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O candidato defende a implantação de um sistema intermodal que aproveite de cada modal suas vantagens. Para ele, o transporte de longa distância deve ser realizado nos modais ferroviário e aquaviário, cabendo ao modal rodoviário, que é mais caro, o transporte em pequenas distâncias.

Goulart filho promete ampliar os investimentos nas ferrovias, hidrovias, na integração entre os modais e também propõe recriar a RFFSA, que em 1996 detinha 22 mil km, correspondente a 73% da malha ferroviária do país.

Ele se posiciona contra as reformas Trabalhista e da Previdência.

Confira na íntegra o plano de governo de Goulart Filho, clique aqui.

 

José Maria Eymael – Partido Democrata Cristão

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O candidato do PDC não possui em seu programa de governo tópicos específicos sobre transporte rodoviário de cargas e o preço do combustível. Ainda assim, em questões de infra-estrutura, Eymael promete priorizar ações do Governo Federal em função de prioridades como energia, estradas, ferrovias e o sistema portuário.

É a favor da Reforma da Previdência e da Reforma Trabalhista.

Para ver o plano de governo de Eymael, clique aqui.

 

Marina Silva – Rede Sustentabilidade

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A candidata propõe aumentar significativamente o número de concessões nos diferentes modais para permitir o aumento de investimentos no transporte. Ela defende uma intervenção para que o transporte de cargas não dependa somente do modal rodoviário.

Marina critica a Reforma Trabalhista e se posiciona contra a medida. Sobre a Reforma da Previdência, a candidata ainda não apresentou um modelo para colocar em prática caso seja eleita. Ainda assim, Marina defende que o déficit na Previdência é inegável.

Veja o plano de governo de Marina Silva na íntegra, clique aqui.

 

Vera Lúcia – PSTU

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A candidata do PSTU defende a extrema esquerda e o fim do capitalismo. Vera não cita em seu programa de governo medidas específicas sobre transporte rodoviário de cargas, mas fala sobre redução da jornada de trabalho para 36h semanais, sem reduzir os salários, abrindo postos de trabalho às custas dos lucros das empresas.

Ela também defende o investimento de obras públicas, o que inclui rodovias federais. Sobre privatizações, Vera é contra e não pretende privatizar a Petrobras. Ela também se posiciona contra as reformas da Previdência e Trabalhista.

Confira o plano de governo de Vera Lúcia na íntegra, clique aqui.

 

Tabela mínima de frete

Alguns candidatos se posicionaram em relação à tabela mínima de frete e à medidas tomadas por Temer após a greve dos caminhoneiros. O candidato Ciro Gomes, do PDT, classificou o tabelamento de “excrescência”, durante o fórum da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), em junho.

Jair Bolsonaro, do PSL, já se declarou contrário à tabela de frete, em respeito à posição de seu escolhido para o Ministério da Fazenda, Paulo Guedes. “Tabelar, aí não dá certo”, disse em sabatina realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). “Isso vai na contramão da pessoa que eu confio para tratar nossa economia.”

Já Fernando Haddad, do PT, adota uma posição neutra. “É preciso haver um equilíbrio entre a competitividade da economia e a remuneração justa dos caminhoneiros, de maneira que a retomada do crescimento econômico permita a ampliação da renda dos trabalhadores”, ele declarou ao Estadão.

Outros candidatos de perfil liberal, como João Amoêdo, do Partido Novo e Henrique Meirelles, do MDB, criticaram as distorções causadas no mercado pela atuação do governo, ao estabelecer a tabela. Geraldo Alckmin, do PSDB, afirmou que o tabelamento é um “retrocesso”, na sabatina da CNI.

Essa posição também foi adotada por Marina Silva, da Rede Sustentabilidade. “Foi numa medida estapafúrdia, que afeta toda a cadeia produtiva de forma adversa”, respondeu ao Estadão. O candidato do Podemos, Álvaro Dias, acha que a medida pode fazer sentido numa situação de emergência, mas não pode ser mantida no longo prazo. As informações são do Estadão.

 

Por Pietra Alcântara

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